Crônica do Descobrimento do Brasil

Crônica do descobrimento do Brasil

Num dia desses comuns, chegam ao Brasil lusas caravelas, seus tripulantes avistam uma placa dizendo praia de Copacabana.

Descem todos e adentram pela areia, maravilhados olhando ao redor.

Ao longe veem morros, amontoados de ocas, umas em cima das outras, fios pra todo lado, ficaram admirados com aquela arquitetura onde havia até ocas na vertical. Puderam ver índios correndo pra todo lado e barulhos de flechas perdidas.

No pé do morro num beco mal iluminado viram alguns índios negociando arcos ilegais, vendendo cachimbo da paz e negociando a segurança de algum de seus moradores.

         Ficaram admirados quando viram brancos, estavam escravizados, trabalhando numa plantação distante com correntes apertadas no tornozelo e alguns apanhando de chicote de vigorosos índios.

         Os grandes Caciques não se preocupavam com a tribo, estavam contando moedas de ouro e negociando o que parecia algumas áreas de influência.

         Viram também os Pajés, grandes intelectuais, jogados na sarjeta embriagados, mal trapilhos e alguns falando sozinhos.

       Vendo toda aquela cena um dos recém-chegados de nome Pedro vira para seu amigo Pero dizendo:

   - E você ainda esperava encontrar gente incivilizada, sem cultura e moral duvidosa!?!?

   - É acho que algum povo branco já passou por aqui para ensinar a esse povo a grande cultura da população européia. Retrucou o outro.

         Enquanto isso um grito ao fundo ecoava:

   - Hei índio aonde você vai com essa caravela!?      

    

F. R. Petenussi

22/06/2008